<em>Pican</em> desespera
Dois trabalhadores da Pican estiveram desde quinta-feira, dia 5, amarrados às grades, junto ao escritório da empresa, em Lisboa, expressando assim a sua indignação, à beira do desespero, depois de a gerência ter anunciado o fecho das oficinas, em Alenquer, recusando-se a pagar as dívidas ao pessoal e rejeitando sequer passar cartas de despedimento, que permitiriam o acesso ao subsídio de desemprego.
Sob um sol intenso, Armando Lima e José Manuel relataram ao Avante! que os problemas começaram a notar-se há cerca de três meses, alegando os sócios da empresa que a falta de verbas se deveria à falência de um cliente, que tinha uma dívida de algumas dezenas de milhares de euros à Pican. «Ainda nos pediram para acabar um trabalho, que daria para, pelo menos, pagar os ordenados, e nós aceitámos», conta Armando. Só que, recebido o dinheiro dos clientes, ele não chegou aos trabalhadores, que têm a haver os salários de três meses e o subsídio de férias, além das indemnizações por despedimento.
Enquanto o gerente, Pedro Pico, «não aparece e ameaça ir para o Brasil», as sucessivas promessas dos outros dois sócios vão ficando por cumprir. Nem uma nova empresa, nem a regularização da propriedade de dois automóveis (comprados por funcionários, mas ainda registados em nome da empresa)...
O protesto frente ao escritório, na Avenida do Brasil, manteve-se até segunda-feira. No dia seguinte, com um advogado, os dois trabalhadores foram apresentar queixa no Ministério Público. «Fomos recebidos por um indivíduo que começou por dizer que não tratava do caso do Zé Manuel, porque é sindicalizado; eu protestei e respondeu-me que assim nem ia tratar de mim», contou Armando Lima.
Também António Gião, o sócio da Pican com quem os trabalhadores ainda mantinham contacto, comunicou, por telefone, que «tinham planos para pagar o mês de Maio, mas, porque fizemos o nosso protesto, nem com isso deveremos agora contar», acrescentou o trabalhador, que tem 59 anos de idade e 23 de serviço na Pican, «com zero faltas».
A Pican produzia equipamentos electromecânicos para água e saneamento e tinha dez trabalhadores, «todos casados e com filhos».
Sob um sol intenso, Armando Lima e José Manuel relataram ao Avante! que os problemas começaram a notar-se há cerca de três meses, alegando os sócios da empresa que a falta de verbas se deveria à falência de um cliente, que tinha uma dívida de algumas dezenas de milhares de euros à Pican. «Ainda nos pediram para acabar um trabalho, que daria para, pelo menos, pagar os ordenados, e nós aceitámos», conta Armando. Só que, recebido o dinheiro dos clientes, ele não chegou aos trabalhadores, que têm a haver os salários de três meses e o subsídio de férias, além das indemnizações por despedimento.
Enquanto o gerente, Pedro Pico, «não aparece e ameaça ir para o Brasil», as sucessivas promessas dos outros dois sócios vão ficando por cumprir. Nem uma nova empresa, nem a regularização da propriedade de dois automóveis (comprados por funcionários, mas ainda registados em nome da empresa)...
O protesto frente ao escritório, na Avenida do Brasil, manteve-se até segunda-feira. No dia seguinte, com um advogado, os dois trabalhadores foram apresentar queixa no Ministério Público. «Fomos recebidos por um indivíduo que começou por dizer que não tratava do caso do Zé Manuel, porque é sindicalizado; eu protestei e respondeu-me que assim nem ia tratar de mim», contou Armando Lima.
Também António Gião, o sócio da Pican com quem os trabalhadores ainda mantinham contacto, comunicou, por telefone, que «tinham planos para pagar o mês de Maio, mas, porque fizemos o nosso protesto, nem com isso deveremos agora contar», acrescentou o trabalhador, que tem 59 anos de idade e 23 de serviço na Pican, «com zero faltas».
A Pican produzia equipamentos electromecânicos para água e saneamento e tinha dez trabalhadores, «todos casados e com filhos».